Fundos de Investimentos

Entenda por que a busca por fundos tem crescido

Você reparou que existe uma enorme quantidade de fundos de investimentos no mercado? Já são mais de 22 mil produtos, mais do que o dobro de dez anos atrás, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Certamente você já viu como grandes listas de fundos nos sites do seu banco ou da sua corretora. Também deve ter notado o imenso volume de informações, propagandas e impacto em diversos veículos de comunicação e nas redes sociais sobre essa modalidade de investimento. Você já investe em fundos? Você pretende investir? Está pesquisando esses produtos?

Nos últimos anos, aconteceram algumas mudanças neste mercado. Antes, tanto a venda quanto a gestão dos fundos de investimentos eram muito concentradas nos grandes bancos. Mas, sobretudo a partir do final de 2015 com o chamado fenômeno da “desbancarização”, surgiram novos canais de distribuição - corretoras e plataformas digitais, assim como, gestoras de recursos independentes nacionais e grupos estrangeiros que vem lançando novos fundos de todos os tipos. E onde há oferta é porque tem demanda. O que mais motiva os investidores a aplicarem em fundos é a possibilidade de diversificação e a gestão de profissionais especializados.

No País, o patrimônio líquido dos fundos, ou seja, todo o dinheiro investido neste segmento, supera R $ 5 trilhões. Para se ter uma ideia, isso representa 74% do PIB. O Brasil ocupa a 10ª. posição entre as maiores indústrias de fundos do mundo. 

1. O que são fundos de investimentos?

Os fundos são uma modalidade para realização de investimentos coletivos.

Um conjunto de investidores aplica seu dinheiro em uma carteira de ativos administrados por gestores de recursos.

Quando você investe em um fundo, seja ele de ações, renda fixa, multimercados ou algum outro, está comprando determinado número de cotas, que representam a sua fatia de participação. Justamente por esse motivo, quem investe em um fundo é
chamado de cotista.

O valor de cada cota é a divisão do patrimônio líquido do fundo - que representa todos os ativos menos os custos administrativos, pelo número de cotas no mercado.

Diariamente, os gestores dos fundos calculam e informam o valor das cotas. Isso porque o patrimônio de cada fundo sofre variações conforme os preços dos ativos que compõem suas estratégias.

 

Quem são os responsáveis ​​pelo gerenciamento dos fundos?

O dia a dia de um fundo de investimentos é tocado pelos gestores de recursos e pelos administradores, mas seus papéis são totalmente diferentes.  

A função do gestor de recursos é gerenciar a carteira. Este profissional é responsável pelas estratégias, operações de compra e venda de ativos e pela performance do fundo.

Já o administrador cuida de todos os documentos, das regras para o funcionamento do produto e de todos os serviços de tesouraria e manutenção.

Um fundo de investimentos também tem um custodiante - instituição financeira que tem responsabilidade de guardar todos os ativos financeiros como títulos de renda fixa, ações, moedas etc. O custodiante também faz a liquidação financeira dos ativos.

2. Quais as vantagens dos fundos de investimentos?

Ao comprar cotas de um fundo de investimentos, você passa a contar com a gestão de profissionais contratados para cuidar do seu dinheiro.

A missão dos gestores de recursos é a análise dos ativos financeiros, o mercado, o cenário político e econômico para montar as ações, tomar decisões sobre onde investir e fazer as operações para gerar a rentabilidade que os fundos se propõem a alcançar.

Cada categoria de fundo conta com uma equipe de gestores especializados em determinados ativos - ações, títulos de renda fixa, moedas, entre outros.

Os fundos também são uma forma prática de diversificar os investimentos. Outra vantagem é que a partir de aplicações modestas ou reduzidas, já é possível acessar uma série de ativos. De forma individual e direta isso nem sempre é viável, pois são exigidos valores iniciais elevados.

Há ainda um fator de segurança. Cada fundo de investimentos tem seu CNPJ. Isso significa que o fundo é uma pessoa jurídica (PJ) independente, totalmente separada da gestora de recursos ou da administradora. Assim, em situação de problema financeiro grave e até mesmo de quebra das empresas que gerenciam do fundo, seu patrimônio é preservado e pode ser transferido aos cuidados de outra gestora ou administradora escolhida pelos cotistas em assembleia.

3. Quais são os cuidados ao investir em um fundo?

Evite modismos e dicas

Um equívoco comum dos investidores é escolher os fundos se baseando apenas na rentabilidade passada. Outro problema é que muita gente também é atraída por produtos do momento ou indicados por amigos. O caminho correto é fazer uma análise criteriosa! 

 

Pesquise bem e avalie seu perfil de investidor

Para investir em um fundo, você precisa avaliar o seu perfil de investidor, saber exatamente qual é o nível de risco que você suporta. Como dissemos, existem várias categorias de fundos de investimentos e critérios adotadas pelos seus gestores. Para investir, o primeiro passo é pesquisar que são os mais compatíveis com o seu perfil e necessidades.

 

Procure uma assessoria especializada

Você também precisa verificar quais são os tipos de ativos que fazem parte das carteiras dos fundos e as táticas desenvolvidas para gerar retorno. Assim, um assessor de investimentos é fundamental. Esse profissional irá te ajudar tanto na melhor compreensão sobre as suas características de investidor quanto na escolha dos produtos mais adequados para os seus projetos de vida.

 

Leia os documentos dos fundos

Leia sempre os principais documentos dos produtos. A lâmina de um fundo apresenta, de maneira resumida, a política de investimentos e os objetivos, ou seja, a estratégia da carteira e os tipos de ativos que devem fazer parte dela, e mostra os indicadores históricos de rentabilidade e risco. Além disso, na lâmina há informações sobre como taxas de administração e desempenho, valor mínimo de aplicação e regras de resposta.

Por sua vez, o regulamento de um fundo é o documento formal e mais completo, que contém todas as regras para o seu funcionamento. Nele, é possível saber de forma muito detalhada a classe e as características do fundo, os fatores de risco, as taxas cobradas, as condições para aplicações e resgates, o público-alvo e as qualificações da administradora e da gestora do fundo.

 

Avalie os Gestores

Na hora de investir, pesquise os currículos dos gestores de fundos. No mercado, há gestores com diversas especializações, segundo cada categoria de investimentos que pode ser produtos de renda fixa, ações, investimentos em moedas, fundos de hedge macro ou globais.

Portanto, um gestor é um especialista e avaliar a sua experiência é muito importante!

 

Compare fundos comparáveis

No mundo dos investimentos, análises simplistas podem prejudicar suas escolhas. É preciso prestar muita atenção para fazer comparações entre fundos. Compare os fundos que pertencem à mesma classe ou categoria e, principalmente, que possuem as mesmas características e invistam em ativos semelhantes.

Os índices de referência ou benchmarcks também são fundamentais para suas análises. Por exemplo, em relação aos fundos de renda fixa, use o CDI. Quanto aos fundos de ações, dependendo do tipo de estratégia, você pode comparar com o Ibovespa, índice principal da bolsa ou com o Idiv (Índice de Dividendos), se você estiver procurando um fundo com ações boas pagadoras de proventos.

 

Atente-se aos custos

Ao pesquisar os fundos, atente-se também aos custos - taxas de administração e de performance, e às regras de tributação.

4. Quais são os tipos de fundos de investimentos por classes de ativos?

Os fundos de investimentos são divididos em renda fixa, ações, multimercados e cambiais, de acordo com a Anbima. No entanto, dentro destas categorias, os gestores podem adotar diferentes estratégias nas alocações de ativos nas carteiras. Somente observando os nomes dessas classificações, não dá para saber exatamente os riscos embutidos nos fundos . Por isso, como dissemos, o suporte de um assessor de investimentos é essencial.

 

Renda fixa

Os fundos de renda fixa investem em títulos de renda fixa públicos e / ou privados no Brasil e no exterior e admitem estratégias que impliquem em risco de juros e de índice de preços.

Os fundos de renda fixa de gestão ativa podem ser dos seguintes tipos:

Soberanos: fundos que investem somente em títulos do Tesouro;

Grau de Investimento: as carteiras são formadas por, no mínimo, 80% dos títulos do Tesouro ou ativos com baixo risco de crédito;

Crédito Livre: podem manter os portfólios mais de 20% em títulos médio e alto risco de crédito no Brasil e no exterior.

 

Ações 

Os fundos de ações possuem, no mínimo, 67% das suas carteiras em ações. Pode haver hedge cambial e podem aplicar em ações no Brasil ou no exterior.

Os fundos de ações de gestão ativa podem seguir as seguintes recomendações:

Valor Crescimento: os gestores escolhem ações de sociedades que estão sendo negociadas abaixo do preço justo ou de empresas que têm possibilidade de aumentarem as vendas e lucro;

Setoriais: os gestores selecionam para o portfólio apenas ações de empresas de um determinado setor como energia, tecnologia etc;

Dividendos: fundos que investem em ações de companhias consideradas boas distribuidoras de dividendos;  

Small Caps: as carteiras são formadas por, no mínimo, 85% das ações de sociedades que atraídas para o IBrX, isto é, de empresas com baixa capitalização de mercado;

Sustentabilidade / Governança: fundos que investem em ações de empresas com alto nível de governança corporativa e boas práticas socioambientais;

Livres: são fundos de ações nos quais os gestores não têm o compromisso de seguirem uma estratégia específica.

 

Multimercados

Os fundos multimercados têm estratégias que podem envolver diversos tipos de ativos: ações, renda fixa, juros e moedas.

As principais estratégias são:

Macro: fundos que mesclam diversos ativos do mercado brasileiro ou internacional, baseando suas operações em cenários macroeconômicos de médio e longo prazos;

Trading: Fazem operações em variadas classes de ativos, buscando ganhos nos movimentos de curto prazo dos preços dos ativos;

Long and Short: fundos multimercados que realizam operações com ativos de renda variável e retorno, com posições compradas e vendidas;

Juros e Moedas: os gestores destes fundos buscam retornos com ativos de renda fixa, incluindo estratégias que impliquem em riscos de juros,  índices de preços e moedas estrangeiras;

Livre: fundos multimercados sem a obrigação de seguirem uma estratégia de referência.

 

Cambiais

Os fundos cambiais tem pelo menos 80% da carteira em ativos ligados, via derivativos, a moedas estrangeiras.

 

Imobiliários

Os fundos de investimentos imobiliários (FIIs), como o próprio nome diz, investe em imóveis. Os gestores são especialistas neste segmento e escolhem ativos imobiliários com potencial de terem boa rentabilidade .

Existem duas categorias de FIIs: os que investem mais de dois terços do patrimônio líquido em imóveis para geração de renda com locação e aqueles que aplicam mais de dois terços do patrimônio projeto em ativos imobiliários em fase de ou construção com um tipo de serem vendidos a terceiros.

Além disso, os fundos imobiliários são segmentados pelos  perfis dos empreendimentos como residenciais, lajes corporativas, shopping centers, hotéis, hospitais, galpões logísticos e industriais, entre outros.

 

Previdência Privada

 Os fundos de previdência privada são para a acumulação de recursos para projetos de longo prazo ou aposentadoria.

No mercado, existem dois tipos: o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). Ambos garantem aos investidores uma renda mensal vitalícia ou por período determinado ou o resgate único após um prazo estabelecido. 

A diferença entre essas duas categorias está na tributação. Como feitas aplicações ao longo de cada ano em um plano, o PGBL pode ser usado para o abatimento de até 12% da renda bruta anual na declaração de imposto de renda.

Já no VGBL, quando o investidor para usufruir dos recursos acumulados no futuro, o IR incidirá apenas sobre o ganho acumulado. O VGBL é o melhor para quem faz uma declaração simplificada de Imposto de Renda.

5. O que são fundos de gestão ativa e passiva?

Na hora de investir em um fundo, você também precisa saber se ele é de gestão ativa ou passiva.

Nos fundos de gestão ativa, o trabalho dos gestores é montar carteiras com o objetivo superar índices de referência (benchmarks) que podem ser Ibovespa, IBrX 100, Idiv, CDI, entre outros. Neste tipo de produto, além da taxa de administração, é cobrada uma taxa de performance sobre a parcela da rentabilidade que excede determinado indexador de mercado.

Já os fundos de gestão passiva, os gestores adotam estratégias que visam replicar o desempenho de um indexador.

6. Como calcular a rentabilidade de um fundo de investimentos?

Ao investir em um fundo de investimentos - ações, multimercados, renda fixa etc., você está comprando um determinado número de cotas.

O valor de cada cota é a divisão do patrimônio líquido do fundo pelo número de suas cotas no mercado.

Diariamente, os gestores dos fundos calculam e divulgam o valor das cotas. Isso porque o patrimônio de cada fundo flutua de acordo com os preços dos ativos que compõem seus portfólios.

A rentabilidade de um fundo de investimentos é a diferença entre a cota da data de sua aplicação versus a cota do dia do resgate.

Porém, a dúvida mais frequente dos investidores é: como calcular a rentabilidade do investimento em um fundo quando foram feitas diversas aplicações e resgates ao longo do tempo?

É muito simples, para isso é usado a cota diária do fundo.

Todas as movimentações feitas no fundo são convertidas em cotas, ou seja, o valor financeiro é dividido pela cota do fundo e transformado em uma quantidade de cotas.

E a variação do valor da cota diária é usada no cálculo da rentabilidade do fundo.

Assim, independentemente da quantidade de cotas, todos os cotistas possuem a mesma rentabilidade.

Abaixo, um investidor fez duas aplicações e dois resgates em um fundo:

 

Movimentações

Cota do Fundo

Quantidade de Cotas Movimentadas

Saldo Final em Quantidade de Cotas

Saldo Final Financeiro

Primeira Aplicação

R $ 100.000,00

1,55

64516,129032

64516,129032

R $ 100.000,00

Segunda Aplicação

R $ 50.000,00

1,65

30303,030303

94819,159335

R $ 156.451,61

Primeiro Resgate

-R $ 30.000,00

1,75

-17142,857143

77676,302192

R $ 135.933,53

Segundo Resgate

-R $ 65.000,00

1,85

-35135,135135

42541,167057

R $ 78.701,16

 

O saldo financeiro final no fundo é menor que os valores aplicados, devido aos resgates.

Então, neste exemplo, quanto rendeu o fundo desde a primeira aplicação?

Para saber a rentabilidade do fundo no final do período, é preciso calcular quanto rendeu a cota final de 1,85 em comparação com a cota inicial de 1,55, o que dá a rentabilidade de 19,35%.

7. O que são as taxas de administração e desempenho?

Ao investir em fundos, você precisa saber os custos - as taxas de administração e de performance/desempenho.

A taxa de administração remunera todos os serviços para o funcionamento de um fundo. Com esse recurso, são pagas como atividades dos administradores, que é a instituição financeira que cuida da parte operacional e de controle do fundo; os gestores, que são os profissionais ligados à análise e às decisões de investimentos; os custodiantes, que são responsáveis ​​pela custódia dos títulos; os auditores, que avaliam aspectos contábeis e os agentes de distribuição de cotas. Por exemplo, 0,5% ao ano, 1% ao ano, 2% ao ano.

Como é de praxe no mercado, as taxas de administração variam pela complexidade dos produtos financeiros que são administrados nas carteiras. Assim, os fundos mais conservadores têm taxas de administração menores do que os outros fundos, que envolvem análises e operações mais sofisticadas. Então, como taxas de administração não devem ser o critério único para a escolha de um fundo.

Alguns fundos cobram também uma taxa de performance, que é cobrada sobre uma parcela da rentabilidade que supera índices de referência de mercado ou  benchmarks . Pelas regras, a cobrança somente pode ser feita em ciclos de seis meses, isto é, semestralmente ou anualmente. Fique atento, pois existem diferentes metodologias para os cálculos da taxa de performance que são adotadas pelos fundos.

É importante destacar que todos os fundos são obrigados a descontar todos os custos do patrimônio e, portanto, o valor da cota divulgada diariamente já está líquida de custos. Logo, ao avaliar a performance do fundo o investidor já está vendo a rentabilidade líquida.

Para analisar a rentabilidade de ativos isentos como CRIs, CRAs, LCIs, LCAs, debêntures incentivadas, fundos de debêntures e fundos imobiliários, precisamos colocar todos eles em uma mesma base comparativa. Para isso, existe o Gross Up.

O Gross Up é o cálculo que cria um imposto “virtual” sobre o ganho de capital do ativo isento. Assim, o valor do imposto virtual é adicionado ao ativo, transformando-o em valor bruto e igualando uma base de comparação com os ativos tributados.

8. Como é uma tributação dos fundos de investimentos?

IOF (Imposto sobre Operações Financeiras)

Com exceção dos fundos de ações e dos imobiliários, na maioria dos fundos de investimentos, há incidência de IOF sobre os rendimentos dos resgates feitos até 29º. dia da aplicação. Vigora uma tabela regressiva da alíquota de IOF conforme o tempo de permanência no fundo.    

O percentual do IOF vai diminuindo ao longo do tempo, de acordo com a tabela abaixo:

1º dia

2º dia

3º dia

4º dia

5º dia

6º dia

7º dia

8º dia

9º dia

10º dia

96%

93%

90%

86%

83%

80%

76%

73%

70%

66%

11º dia

12º dia

13º dia

14º dia

15º dia

16º dia

17º dia

18º dia

19º dia

20º dia

63%

60%

56%

53%

50%

46%

43%

40%

36%

33%

21º dia

22º dia

23º dia

24º dia

25º dia

26º dia

27º dia

28º dia

29º dia

30º dia

30%

26%

23%

20%

16%

13%

10%

6%

3%

0%

 

Imposto de Renda (IR)

Fundos de Ações:

O Imposto de Renda que incide sobre os fundos de ações é cobrado sobre o ganho bruto no momento do resgate. Neste caso, a alíquota de IR é de 15% seja qual for o prazo da aplicação

 

Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs)

Segundo a Receita Federal, os fundos imobiliários de geração de renda com locação são obrigados a distribuírem 95% dos lucros aos investidores. Pela regra, pessoas físicas que detêm volume de cotas inferior a 10% do total do fundo têm isenção de Imposto de Renda nos dividendos distribuídos – os aluguéis, mas têm tributação de 20% sobre eventual ganho na venda das cotas.

 

Para efeito de IR, outras modalidades de fundos são divididas em:

Fundos de Investimentos de Curto Prazo

As alíquotas de Imposto de Renda sobre o rendimento bruto no momento de resgate dos fundos com a classificação de Curto Prazo – que têm títulos com prazos iguais ou inferiores a 365 dias, são:

 

Prazo IR (%)
Até 180 dias 22,5%
Acima de 180 dias 20%

 

Fundos de Investimentos de Longo Prazo:

As alíquotas de IR sobre o ganho bruto no momento de resgate dos fundos com a classificação de Longo Prazo, que possuem em suas carteiras títulos com prazos superiores a 365 dias, são: 

Prazo IR (%)
Até 180 dias 22,5%
De 181 até 360 dias 20%
De 361 até 720 dias 17,5%
Acima de 720 dias 15%

 

9. O que é o Come-cotas?

O come-cotas é uma antecipação do IR feita pela Receita Federal. A cada seis meses, nos últimos dias úteis de maio e novembro, os investidores têm uma redução no número de cotas, que equivale à alíquota do IR que incide sobre os rendimentos no período dos fundos de renda fixa, multimercados, fundos DI e fundos cambiais.  

Representa sempre a menor alíquota de IR, segundo a tabela regressiva por tempo de permanência no fundo. Então, no caso dos fundos classificados como de curto prazo, a incidência é de 20% sobre os rendimentos e nos de longo prazo, de 15% sobre os ganhos.

Obs: os fundos de ações, fundos de investimentos imobiliários (FIIS), fundos de debêntures incentivadas e os fundos previdenciários não têm come-cotas. Nestes casos, o imposto de renda incide somente no resgate.

10. Conclusão

Com tantas opções disponíveis no mercado, escolher os melhores fundos de investimentos é um desafio. Mas, com a ajuda de um assessor de investimentos e com as ferramentas adequadas, tudo fica mais fácil.

Com um comparador de investimentos, é possível ver a rentabilidade e a volatilidade de produtos entre si. Já com um simulador de investimentos, você consegue testar uma combinação de fundos ou ver qual seria o efeito de determinados produtos na sua carteira - o que ajuda na tomada de decisão.

E depois de tanta dedicação para escolher os fundos de investimentos mais adequados às suas necessidades, é essencial monitorá-los.

Acompanhe a evolução dos fundos a cada mês, verifique se as estratégias desenvolvidas pelos gestores apresentam performance consistente. Para conferir  a rentabilidade dos fundos com precisão, assim como de sua carteira completa, você pode usar um consolidador de investimentos.

Práticos, diversificados e com gestão profissional, os fundos de investimentos são interessantes. Faça boas escolhas, monitore seus investimentos e faça o seu dinheiro trabalhar por você!

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